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  • 2014.02.10

    Delta Muda o Rumo – Uma entrevista com o Sr. Yancey Hai, Presidente da Delta Electronics Inc.

    Fonte: Umesh Pandey, Bangkok Post

    Presidente Yancey Hai tem um “grande navio” para capitanear, mas acredita que a gigante dos componentes eletrônicas vai negociar com sucesso a mudança para soluções.

    Enquanto os lucros de fabricantes de equipamentos originais diminuem, algumas empresas como a Delta Electronics Inc estão gradualmente mudando o seu foco.

    “O que estamos querendo é mudar o rumo da empresa dos negócios baseados em componentes para ser um provedor de soluções”, Yancey Hai, presidente da empresa Taiwanesa, disse em uma conversa recente com a Asia Focus.

    O Sr. Hai, que lidera mais de 70,000 empregados em operações pelo mundo todo incluindo a Tailândia, está determinado a afastar a companhia para longe dos mercados OEM e ODM (fabricante de design original) para maior agregação de valor. O objetivo é ajudar os clientes a encontrarem soluções, e no processo isso pode até mesmo fazer a Delta competir com alguns de seus clientes.

    No processo, diz o Sr. Hai, a Delta gradualmente perderia uma boa parte de seu pessoal como a sua mão-de-obra manufatureira que desempenhará um papel menor, mas ele permanece confiante que a empresa irá ressurgir mais forte em alguns anos.

    A mudança começou há cerca de dois anos, disse ele, porque empresas de OEM e ODM tradicionalmente são aqueles que são pressionadas para que os clientes à que elas servem possam gozar de margens de lucro maiores.

    Delta conta com a HP, Dell, Apple e outros como os seus clientes, e até mesmo possui a sua equipe de pesquisa & desenvolvimento com base na Intel. No entanto, o Sr. Hai diz que a mudança não tem intenção de canibalizar o mercado de seus clientes, mas sim de abrir novas vias.

    “Nós não iremos matar os nossos próprios clientes já que o mercado é grande o suficiente”, disse ele, “Nós temos os nossos próprios clientes e empresas como a Google possuem os seus próprios centros de processamento de dados e eles podem não comprar de nós ou da HP ou da Dell.”

    Na verdade, ele diz, os próprios clientes estão apoiando a mudança da Delta para maior agregação de valor.

    Mas mudar uma empresa como a Delta não é fácil e como coloca o Sr. Hai, o navio precisa de tempo para ser esterçado na nova direção.

    “Mudar a Delta para uma nova direção é o que estamos contemplando e nós queremos mudar a direção de toda a empresa ao invés de sentar e desenvolver uma bateria melhor, ou um notebook mais leve ou outro negócio que estamos realizando no momento”, disse ele em referência ao tipo de trabalho OEM pelo qual a empresa é conhecida.

    “Nós somos um grande navio, não uma bicicleta que poderíamos virar facilmente. Este é um grande navio e nós temos que fazer isso lentamente,” disse ele, acrescentando que nos últimos quatro ou cinco anos eles têm sido capazes de aprender com os erros.

    A empresa começou a planejar a mudança dos negócios de OEM e ODM quando percebeu que o mercado de computadores pessoais estava começando a amadurecer.

    Além disso, o aumento de custos trabalhistas nos mercados principais como a China estava diminuindo as margens de lucro ano após ano. A Delta, diz ele, agora emprega 40.000 pessoas na China em comparação com as 60.000 de alguns anos antes.

    A política de um filho que Pequim só agora começa a afrouxar resultou em falta de mão-de-obra o que empurrou para cima os custos trabalhistas em 20% anualmente, dificultando a sobrevivência para empresas como a Delta, a não ser que elas se adaptem.

    “Em países como a China há uma grande demanda por automação industrial, e nós estamos fazendo isso também,” disse ele.

    O objetivo é gradualmente construir uma plataforma global para fornecer automação industrial, soluções de construção verde para hotéis, e instalações mais eficientes de torres de comunicação em toda a região.

    Na Índia, a Delta está ajudando as empresas a economizarem dinheiro na montagem de instalações de torres de telecomunicações através da oferta de fontes de energia híbrida tais como painéis solares e hidrogênio.

    Isso é mais barato do que usar combustível fóssil, que é largamente utilizado na Índia por culpa do fornecimento de energia ser tão instável.

    “Nós demos aos clientes três soluções: solar, turbinas eólicas, e a terceira é o hidrogênio,” explica o Sr. Hai. “Nós mesmos fabricamos os painéis solares e também fazemos pequenas turbinas eólicas mas nós não fabricamos hidrogênio”.

    “A solução que eles escolheram foi solar mais hidrogênio. Portanto tivemos que procurar outros meios de adquiri-lo, e nós o compramos de um contratante e garantimos a qualidade.”

    Mas mudar o foco principal de uma empresa não é uma tarefa fácil e o Sr. Hai aceita que alguns erros podem ocorrer. Mas sem os erros e as lições que eles podem nos dar, não haveria outra maneira da companhia ser capaz de avançar.

    Todas as operações da Delta na Tailândia, China, Índia, Brasil, México e Eslováquia precisam passar por esse metamorfose.

    “Nós conhecemos o negócio de telecomunicações por mais de duas décadas e esta é uma indústria na qual somos especialistas, mas onde devemos passar por uma curva de aprendizagem é no negócio de fornecimento de energia,” diz o Sr. Hai.

    “A curva de aprendizagem é como integrar nossas coisas nas coisas de outro o que nesse caso seria o hidrogênio, para o qual precisamos encontrar um fornecedor de confiança. Se os nossos sistemas forem compatíveis, a integração não será um problema.”

    PLANO DE CINCO ANOS
    A empresa, ele diz, opera em um plano de cinco anos, e a ênfase agora é na mudança para se tornar um fornecedor de soluções após os analistas da empresa verem que o futuro não era ser apenas um OEM.

    Sob o novo plano de cinco anos, a automação industrial foi identificada como negócio em forte ascensão. Isso levará ainda mais a automação predial, um novo conceito no qual a empresa espera ser capaz de entrar.

    Citando o exemplo do hotel no qual ele estava hospedado, The Conrad em Bangkok, ele disse que se o hotel deseja gerenciar a energia mais eficientemente, precisa estudar tudo desde as luzes ao ar-condicionado e os elevadores.

    Isso ajudará a definir parâmetros para o controle de custos, através do uso de programas para tornar os elevadores mais inteligentes, por exemplo.

    “Nós temos também um sistema que ajuda a gerar eletricidade do impulso que é causado pela descuida dos elevadores, a eletricidade retorna para a rede ou é utilizada em qualquer outro lugar,” disse ele.

    “Em Taiwan nós temos um novo prédio inteligente e todas essas coisas estão ajudando a economizar até 50% do consumo de energia.”

    CENTRO DE DADOS
    O Sr. Hai acredita que os centros de dados representam uma outra área que poderia fazer maravilhas para os negócios da Delta nos próximos anos.

    Mesmo pequenas empresas hoje possuem os seus próprios centros de dados e no passado a Delta vendia componentes – hardware como UPS, energia, switches e roteadores - para empresas como a HP que colocariam seus logotipos sobre eles e os venderiam como pacotes de centros de dados para os clientes.

    “Agora nós temos energia, refrigeração, switches, UPS, quase tudo, mas nós não temos os servidores e a marca,” diz ele.

    A Delta desenvolveu um “centro de dados verde” que forneceria ao cliente um espaço para colocar um armário com os componentes necessários e se conectar a uma rede.

    O sistema já está em vigor na China, Polônia e alguns outros países europeus, e a empresa está procurando instalar o sistema na Tailândia com alguma empresa de telecomunicações.

    “Nós iremos integrar coisas e agregar mais valor para os clientes e para nós as margens de lucro serão maiores,” disse ele.

    Uma vantagem para a Delta é que ela não possui um acionista majoritário, mas é controlada majoritariamente por investidores institucionais estrangeiros. Isso tornou mais fácil fazer um caso para gastar muito em pesquisa e desenvolvimento.

    Em média gasta 5-6% de seu lucro anual, que foi de $7.1 bilhões no ano passado, em P&D e durante os últimos anos a cifra excedeu 6%.

    A mudança no foco suscetível a ajudar a empresa a gerar maiores lucros, e tem como objetivo ver crescimentos anuais de 10% pelos próximos cinco anos.

    A maior parte da receita ainda é gerada a partir do segmento OEM, mas isso diminuirá gradualmente. Telecomunicações, que respondem por meros $350 milhões desses $7.1 bilhões, subiria.

    O novo negócio de fornecimento de soluções representaria 10% dos lucros totais nos próximos cinco anos, disse ele.

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